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Blog do Amilcar

domingo, 30 de novembro de 2008

rotina


Às seis da matina ela se levanta para cumprir obrigações diárias. Está frio, e ela retorce para não se livrar das cobertas, mas enfim as joga para um canto e abandona seu corpo na água do chuveiro. Não se alimenta muito pois cedo assim seu apetite ainda está adormecido. Faz um frio que incomoda a espinha o que encurva a garota lhe diminuindo os seus 1,62 de altura, ás vezes 1,61 ou 1,60, não importa. O dia ainda se faz escuro e os ruídos do centro urbano se iniciam. Ela vê-se diante do elevador mas hoje prefere descer os 13 andares pelas escadas. Há dias que devemos vivê-los apenas para fazer as coisas de modo diferente. Andar de forma diferente, falar diferente, comer de colher ou segurar o talher com a mão que não está habituado, sorrir, falar e gesticular de modo diverso. Considero este exercício extremamente essencial para a vida de um ser humano e delicioso de se executar. Ela sente-se pequena hoje, mas seu coração é tão grande... será que ele aguenta tamanha pequenez? Ele sorri calado e pensa: isto é passageiro! Ela atravessa as ruas mau cheirosas do coração poluído da cidade e toma seu ônibus. Ah, agora vou dormir alguns minutos, pensa ela. O balanço do veículo é extremamente propício para o sono. Ela olha para os lados, não conhece ninguém. Os outros estão com umas caras fechadas, alguns dormem de boa aberta, o que lhe provoca risinhos. Outros lêem pedaços de papel e viajam no seu mundo interior, enquanto viajamos todos em comum dentro daquele ônibus com um destino certo e um coração incerto. Então ela chega ao seu destino. O ar daquele lugar lhe parece agradável, mas não lhe é aconchegante. Ela encontra alguns rostos conhecidos e os cumprimenta. Ás 11:00 ainda está cedo mas ela se prepara para fazer a primeira refeição decente do dia, talvez a única, rs. Ela não se incomoda. Ás 14 horas ela vai para o trabalho.Um ambiente já reconhecido e que se faz seu. Vários goles de café para despertar o sono e lhe estimular a alma. Alternâncias entre o doce e o amargo. Um sono que invade e seu espírito só deseja uma cama pra dormir alguns anos-luz de solidão. O entardecer lhe anima e então ela começa a se despertar. A lua chega grande e amarela pela janela e lhe toca de forma diversa. Ela não deseja dormir, está cedo, prefere passear pelas ruas e praças públicas. Ele diz estar em uma fase espaço público pois só retorna para casa para recolher-se no seu leito e já no dia seguinte volta para as ruas novamente até seu corpo dizer chega, estou cansado.
E assim vai