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Blog do Amilcar

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Olho-mar, olha, o mar o lhe-amar

Tempo. Em um curto espaço de tempo acontece tanta coisa. Algo se quebra, vazio, fica o espaço! Esta ansiedade ligeira que perpassa meu corpo me provoca um frescor, de viver! Estes olhos-mar que encontrei outro dia por acaso, ou por querer, me embarcaram, me atravessaram, de uma forma que... Tento entrar nos meus livros, mastigar bem as palavras que estão sendo lidas, por vezes, atropeladas. Desejo de gente! De vocês!Aí então me acalmo um pouco, respiro, toco os dedos no teclado e me vem um milhão de coisas: a vida breve, o espaço de tempo a ser preenchido, o que foi dito e não-dito, os neologismos e todos os processos de formação de palavras, esta vida de diáspora, imigrante, perdida, transitória, apaixonada. E me vem novamente aqueles olhos-mar que encontrei outro dia, não os quero deixar andando por aí sozinhos.Vê se aparece de vez em quando para me ah, mar, ah mar de vez em quando. Eu não ligo pra tanta coisa, bobabem! Percebo cada osso do meu corpo, me torço e contorço e nesse contorço torço, mais uma vez, para que você apareça! Cada osso, ossinho, estalo, cabe em minha mão. Cada palavra mal gesticulada, mal-acabada, engolida ás pressas, mal-dita, maldita! Descartadas! Misturo tudo no liquidificador e tomo no café da manhã, ás pressas, com sono.