Minha lista de blogs

Blog do Amilcar

segunda-feira, 30 de maio de 2011

cão amor

Amar um cão tem alguma coisa de sagrado.
Por quê quem tem e quem gosta dele
conhece o amor puro que ele nos traz.
Juju desencarnou, e deixou na casa um espaço vazio
porque não mais preenchido de sua alegria
e de seus passinhos ligeiros.
Seu rostinho melancólico me traz uma saudade,
mas ele está guardado na minha memória
e isto não tem como arrancar mais.
Ela é simplesmente um cão
Mas o que é um cão que preenche o seu lugar do afeto?
Tudo!
Me perdoa, Juju!
Me perdoa, porque dói muito.
A saudade é grande, e a falta que você faz também.
Você é a coisinha mais linda do mundo.
E lá fora, no mundo, existem milhões de cães que precisam de amor
Que querem companhia
Você não está só, meu neném.
E eu sei que você está bem,
Que você ganhe alegrias e força do lado de lá
que volte a brincar
e que, se esqueça da gente.
Por que a gente vai estar com você em cada ser que te cuidar
E cada cão que eu tiver ainda um dia, estarei também cuidando de você.
Aceitar a partida é difícil
é algo de inalcançável, inatingível.
A dor é silenciosa e profunda.
É, de fato, alguém partindo.
Alguém com presença na nossa vida
E que foi, sorrindo.
Palavras são tão pobres no alcance de um toque
de um olhar
Mas esta instância só posso tocar através da memória.
Onde te faço viva e saudável
Por que um dia todos nós também iremos, minha cara Julie.
E a importância de um cão não é menor que a de um ser humano.
Ela é tão importante quanto, para mim.
Cão-anjo, em evolução.
Que vive no meu corpo, coração.
Em cada cão que eu olhar,
Em cada cão que eu tocar,
Em cada cão que eu tiver um dia
Estarei pensando em ti
Aonde estará meu pensamento
Cão-anjo, presente que alegra nossas vidas
Mas que deixa um buraco na hora que vai.
Mamãe vai aprender ainda a amar m cão,
da forma mais adequada, respeitando o seu cão-ser.
Por que é assim que tem que ser.
Minha danadinha
Ah, sei que é piegas, vai!
Mas, vai com Deus, florzinha.
Como eu te costumava chamar.
Seus olhinhos não estão mais doente
e agora são os meus que choram.
Juju um dia vai se tornar gente.
E, ah, quanto tempo passará.
Lá fora, o mundo tá uma confusão só.
No lugar em que a palavra me conforta,
vou aprendendo a ser gente melhor.
Juju criou asas e voou,
mas continua perto.
Juju, um amor.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

?!...

Olho para o quatro últimos anos da minha vida e vejo quanta coisa eu fiz, um misto de sensações e de ansiedades, tudo junto, misturado, batendo aqui dentro.
Eu tinha o mundo inteiro para conquistar e uma vontade louca de não me sentir vazia, de não ficar sozinha. Vontade louca de sair deste lugar que já não me satisfazia.
Cada viagem me trouxe uma percepção diferente sobre o que eu eu gosto e o que eu quero para a minha vida. E eu percebo cada vez mais que o que eu quero e gosto está em cada pedaço de terra que pisei, fragmentando-se aos poucos e me deixando louca porque minhas curtas pernas não alcançam todos estes lugares ao mesmo tempo. É só o pensamento que voa, voa mais rápido que tudo e quando ele retorna para o lugar aonde estou, deixa uma bagunça aqui dentro...
Me sinto vazia agora, ou pelo menos sinto que tenho ou tinha que esvaziar toda aquela loucura de vontades e desejos que me sobrecarregava. A vontade de partir de novo é imensa mas também existe a vontade de ficar, ficar mais um pouco, não sei por quanto tempo.
Agora o que mais sinto é que estou sozinha, por mais que tenho tentado fugir deste sentimento, será mesmo que tentei?Eu me dou conta de que não posso fugir da minha natureza.
Eu queria viver, além dos meus escritos e do montinho de livros que guardo na minha casa. Vivi, me baguncei toda, me relocoquei no "meu lugar" mesmo achando que este tal lugar nunca foi meu de verdade. Me falta uma pausa. Preciso respirar. Eu não quero decidir nada, só deixar o fluxo da vida bater de frente na minha face.