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Blog do Amilcar

sábado, 7 de novembro de 2009

Impressão de um dia qualquer

Oh, segura a minha mão então, me beije e nem precisa falar nada. Palavras demais são desconfortáveis, causam um descompasso no coração da gente. Palavras poucas, poucas elas são necessárias. Então me vejo no mesmo processo cabuloso de tentar ser outra, outro, alguém fora da minha casa, de mim mesma, mas não consigo, mesmo tendo várias faces, estas se repetem. Reticências. Aqui fora está fazendo um calor insuportável, por vezes me queimo por dentro, outras vezes sou gelo.
Tenho vontade de me embriagar todo dia, de cerveja e de cigarro,ler os melhores livros e dançar as mais belas músicas. Tento compreender esta insanidade e este foco desfocado de cada dia, mas este turbilhão é bom, um pouco de cada um, eu tenho sede, e fome... um pouco de cada um, para variar um pouco. Ah menino, ah menina... pernas e mãos e olhos, e o sono que bate, vem forte, invade, um sono físico, psíquico, espiritual, um sono insuportável que não queria sentir.
Ei, psiu, este coração bobo se ilude mas gosta.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Olho-mar, olha, o mar o lhe-amar

Tempo. Em um curto espaço de tempo acontece tanta coisa. Algo se quebra, vazio, fica o espaço! Esta ansiedade ligeira que perpassa meu corpo me provoca um frescor, de viver! Estes olhos-mar que encontrei outro dia por acaso, ou por querer, me embarcaram, me atravessaram, de uma forma que... Tento entrar nos meus livros, mastigar bem as palavras que estão sendo lidas, por vezes, atropeladas. Desejo de gente! De vocês!Aí então me acalmo um pouco, respiro, toco os dedos no teclado e me vem um milhão de coisas: a vida breve, o espaço de tempo a ser preenchido, o que foi dito e não-dito, os neologismos e todos os processos de formação de palavras, esta vida de diáspora, imigrante, perdida, transitória, apaixonada. E me vem novamente aqueles olhos-mar que encontrei outro dia, não os quero deixar andando por aí sozinhos.Vê se aparece de vez em quando para me ah, mar, ah mar de vez em quando. Eu não ligo pra tanta coisa, bobabem! Percebo cada osso do meu corpo, me torço e contorço e nesse contorço torço, mais uma vez, para que você apareça! Cada osso, ossinho, estalo, cabe em minha mão. Cada palavra mal gesticulada, mal-acabada, engolida ás pressas, mal-dita, maldita! Descartadas! Misturo tudo no liquidificador e tomo no café da manhã, ás pressas, com sono.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Quadrilha!

Maria amava João que amava a Rita
que namorava a Elena que gostava do primo
que desejava a coleguinha que pegava uma prima que gostava da professora
que era casada e havia dois filhos.
Maria nunca beijou João
Este pegou a Rita mas ela amava Elena e deixou ele na mão
Elena, que era amada, se desiludiu com o primo e pegou a estrada
O primo roubou um beijo da coleguinha
que lhe deu um olhar seco e fechou-lhe a cara
a prima que gostava da professora se desiludiu
esta largou o marido e os filhos e fugiu de casa!

Socorro! Botaram veneno na minha água! A menina corre pra casa e começa a chorar. A mãe diz que logo passa, mas para ela são milhões de segundos, minutos e dias multiplicados em eternidade! A mãe diz, bobinha, desamarra esta cara, a filha não pára, não pára, não pára. Não bebi porque quis, mãe. Tomei minha água e escolhi meia dúzia de sorrisos e olhos bonitos, fiquei encantada! Ah, como é doce gostar, filhinha! Esta peste que chega e invade. Mas a culpa é sua, filha. A culpa é sua, é também sua! Chora! Chora que dá gosto! Chora que refresca!Seja bem vinda à quadrilha!

domingo, 7 de junho de 2009

Folhas Secas



Curtametragem Experimental realizado em janeiro de 2009

quarta-feira, 15 de abril de 2009

"Aonde te escondes?"

Eu me escondo em livros novos e usados,
por entre vestidos rendados
na tela do cinema antiquado
em um beijo roubado.

Por onde te escondes?
Por vezes me escondo em palavras de amigos,
na musica, na dança e no teatro!

Me escondo em espaços fisicos e oniricos.
em biografias alheias
na vida corriqueira.

Me escondo um pouco em ti também, meu bem!
Em Shakespeare, em Moliére, em rolos de filmes antigos
Mas que se fazem presentes em meu espirito.

Me escondo na vontade louca de viver tudo
e na angustia e sensaçao de nao conseguir alcançar tudo.

Me escondo em principios dos anos 80
e um pouco neste caos do seculo XXI

Me escondo no que faz sentido para mim,
e nao para os outros.
Nas minhas regressoes a vidas passadas
na projeçao de um futuro que parece nunca chegar.

Me encontro em letras, em frases feitas, caligrafias mal-ajambradas
no misterio do gato e na dependencia do cao,
no sorriso de mulheres em preto & branco e coloridas,
nos meus vicios diarios e em lugares distantes,
em reflexoes do isntante, no caos absoluto,
no cheiro da flor, no gozo do amor,
na vida que renasce, na morte que liberta,
nas maos de mulheres e no beijo de homens,
no ludico, no metaforico,
na escrita, no meu café diario, no suspiro e...
... no silencio...

terça-feira, 24 de março de 2009

- a vida não é de se brincar pois em pleno dia se morre!( Disse Clarice)
Lispector e eu estamos tomando café em seu apartamento na tarde de domingo de mil novecentos e pedrinhas quando o gato siamês dela, lindo, gordo e extremamente dengoso surge no centro do seu apartamento miando sem parar.
- Que fofo! (disse eu). Nutro uma curiosidade alegre pelos gatos. Eles são independentes, ariscos, charmosos, misteriosos... (tomo um pouco de café para engolir o seco e continuar produzindo adjetivos para me referir aos bichanos)
Clarice o fita com cuidado, ele vai se aproximando e eles se abraçam. Ela acende um cigarro e ele dorme em seu colo.Eu dou um longo suspiro. O Brasil faz verão mas tarde da noite bate uma corrente fria la fora, e eu recolho-me em meu casaco e pensamentos. Acendo um cigarro também e compartilhamos juntas daquela fumaça agradável.
Silêncio! Não nos incomoda. Clarice escolhe um vinil e ao som daquela musica que me faz lembrar todos os filmes da minha vida começamos a brincar com as palavras que nos trazem paixão, dor e vicio! Em uma tarde do século vinte. Minha bisavó ainda esta viva e faz o que mais gosta de fazer em vida: fofocar com os vizinhos! Clarice começa a acariciar o bichano com uma agressividade carinhosa e com um olhar inexpressivo e eu sinto frio! Ela me conta o processo doloroso de G.H e eu querendo encontrar com minha barata dentro de um quarto escuro para re-começar a viver! Um sopro de vida surge no meio da conversa, é o gato que se assusta com algo (na verdade é o cigarro descuidado que cai por entre os dedos de Clarice e atinge o rosto do bichano). Ele corre pra longe sem olhar pra traz e vai buscar outro caminho . O café já esta frio pois eu estou com a estranha mania de balançar a xícara enquanto ouço o vinil, acho que para acompanhar o ritmo da musica.
Clarice cessa seu fluxo de pensamentos assim de repente, acende vários outros cigarros e vai colocar o lado B do vinil, enquanto isso caminho para a janela de seu apartamento de cobertura e olho para o chão, para a calçada, vejo um menino todo de preto caminhando na rua, sozinho, e eu fico acompanhando seus passos tentando brincar de decifrar seus pensamentos naquele instante. Seus passos são nervosos, apressados na medida em que suas pernas curtas de criança o permitem. Meus olhos estão mareados d’água. O menino cai no chão, atropelado por um outro ser animado que passa e lhe crava no peito um objeto pontiagudo. Eu o vejo caindo enquanto o outro corre pro nada. Clarice me traz uma taça de vinho e eu a bebo imaginando que aquele vinho é o sangue do menino morto na calçada. Dançamos a noite toda! Ah, o gato reaparece depois de algumas horas e se joga no meio da gente.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

proseando

Estou em processo. Processo de compor uma cena, processo de conhecer a mim mesma, processo de crescimento, e dando voltas em semicírculos. Algumas coisas acho que já poderia ter superado, mas... Período de descanso, carnaval. Para mim foi período de trabalho e dor de dente. Consumi E o Vento Levou duas vezes durante estes quatro dias e estou sentindo uma nostalgia grande, como se quisesse perfurar a barreira do tempo e cair em terras frescas e verdes do final da década de 30 só para deliciar-me no universo daquelas pessoas, atores, ATRIZES. Sempre nutri grande admiração por grandes atrizes, e acho que elas merecem meu mais precioso respeito. Melancólica! Será que sou uma pessoa melancólica?! Melancolia é uma fonte de humanização e todo ou quase todo ser humano passa por ela, pelo menos deveria. Algo que nos excede. Se assim o for eu sou uma pessoa melancólica porque tenho fome do mundo, sinto saudades de épocas em que não vivi, pessoas que não conheci e lugares que nunca estive. Como se quisesse agarrar o mundo ao longo de toda sua história já traçada até os dias de hoje, abraçar tudo o que posso e que gostaria de ter contato para me preencher, o vazio... Melancolia é isto?! Não sei. Mas esta sensação é algo que me excede, porque não cabe em mim. Continuo na pesquisa sobre o tema.
Agora, exatamente agora, as zero hora e quarenta e um minutos do dia 26 de fevereiro de 2009, na verdade o tempo cronológico não importa, o que importa é o agora, isto, agora e agora, exatamente agora, momento atual e presente, vivo, presente em mim mesma, eu estou sentindo uma doce vontade de ser boa com o mundo, praticar a gentileza, ser nobre, em uma louca paixão pela condição humana e imersa em uma angustia desconhecida. Isto vai e volta! Pêndulo.
Ha momentos mundanos, profanos, e momentos como estes, tão singelo! Não me suporto em mim mesma.
Estou lendo A paixão segundo GH de Clarice e convido-me a encontrar com a minha "barata dentro de um velho armário de despensa". Quero sentir profundo amor pela condição humana, para daqui alguns minutos voltar a sentir ódio e desgosto por muitas coisas e ser indiferente!
Preciso me encontrar me perdendo em semicírculos, dar curvas ao meu redor e me perder constantemente pois acreditarei que sempre que me perco estarei me reencontrando, na verdade! A paixão é um vicio humano, assim como o cigarro, o café, o chocolate e o sexo! Ela está presente aqui, quando escrevo estas palavras e sinto o gosto prazeiro de tocar o teclado, agora não mais de uma velha máquina de escrever, mas um teclado macio do meu computador, produzindo pequenos barulhinhos irritantes em meio a um silêncio ou quase silêncio noturno.
Gostaria de acordar amanha e preparar a mesa do café, dar bom dia ao cachorro e levá-lo para um belo passeio matutino, preparar o almoço e lavar toda a louça...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

preto & branco

Disse ela:
- Quero uma mulher em preto & branco!
No sofá daquele recinto escuro, quente e esfumaçado alguns amigos conversam sobre desejos e fazem algumas reflexões. O que é a beleza? O que dita o belo?
Disse um:
- Beleza está nos olhos de quem vê!
Disse outro:
- Está certo. Mas não há como negar quando alguém é belo, é unanimidade!
Disse ela:
- Quando alguém é belo é belo. Mas o grau de beleza de alguém
está na subjetividade dos olhos de quem a enxerga!
Então as vozes começaram a se misturar juntamente com a música do local.
Disse ela:
- Quero amar uma mulher em preto & branco!
O local estava quente e todos um pouco cansados. Alguns dormiam e outros tagarelavam.
Mais uma noite termina assim, nas ruas urbanas e fétidas da cidade, um espaço vazio de carros e com uma tranqüilidade noturna. A noite termina com algumas conversas e muitas reticências. Por que o caos pertence àquelas pessoas, nada é definitivo ou estabelecido.

Disse um:

O que mais lhe interessa em um homem?

Disse ela:

- Pra mim, do ponto de vista físico, são os olhos e o sorriso. Mas há algo bem além desta máscara, algo que a principio não lhe é palpável. E você não sabe como isto tudo começa. Para uns podem partir do físico, para outros de algo mais interno, mas as coisas se misturam e tudo forma um uno, uma única forma, completa!

Disse ele:

- você é inexpressiva! Mas não, claro, não no sentido que não tenha expressão, mas é que quando você age ficam as reticências em seu olhar, não se sabe ao certo o que é!

Disse ela:

- Não faço por querer. Nem mesmo havia me tocado. Sou eu! Talvez! É sua percepção em terceira pessoa quem diz, então eu fico feliz!

Todos riem!

Os dois começam a conversar enquanto elas dormem. Eles discutem o que é amor.

Um diz:

- Amor não existe neste estágio em que nos encontramos na Terra. O que existe é imperfeição e estamos aqui para evoluirmos!

O outro:

- Não consigo visualizar esta sua perspectiva! Mas acredito que amor existe sim, cada um chama de amor algo que sente e que inevitavelmente será diferente para cada um!

Ela diz:

- Amor é apenas uma palavra que existe, que foi inventada por alguém ou por uma consciência coletiva para designar algo que sentimos e não conseguimos explicar. Mas cada um sente de uma forma e então o amor tem várias faces!

Disse um:

- O amor não é igual para cada um é isto que o torna interessante de ser discutido. Agora quando você vem e me diz que não existe o amor?! Eu não concordo.

Disse o outro:

- Não é que não exista o amor, mas ele em sua forma sublime e perfeita ainda esta longe dos corações humanos.

Disse um:

- Quando duas pessoas sentam para conversar sobre o amor é interessante o que cada uma tem a dizer sobre ele, pois a perspectiva de cada um, por mais que tenha pontos em comum, será diferente!

Elas dormem.

As reticências ficam!

Uma disse :

- Não me importaria morrer hoje, mas a morte deve doer, muito!

Disse a outra:

- Eu gosto da idéia de morrer! Tanto a idéia da finitude quanto a da infinitude me assustam. Por isto que creio em algo maior que nós seres humanos, creio em algo mágico e no meio disto tudo somos tão pequeninhos! Eu entrego meu corpo à morte e deixo a minha alma sair suave de dentro dele e voar por ai procurando pessoas para alegrar meu coração! Quando penso na morte eu estou pensando inevitavelmente na vida! Gostaria de encontrar pessoas que nunca vi pessoalmente e outras que conheci em vida e continuar vivendo! E só! Não quero um céu de estrelas e anjos ao meu redor, quero o gosto do imperfeito, quero as reticências... Talvez ainda precise voltar muito aqui para acostumar com outra idéia!

Todos conversam e ela se cala!

A idéia do silencio atormenta e por isto conversamos tanto, usamos tantas palavras, por vezes desnecessárias, mas o sentido do encontro, da vida , enfim, está também nas palavras trocadas entre os seres humanos.

Ela a desejou em alguns momentos por ter se encantado!

Todos querem dormir e se despedem. Aquelas palavras ditas ficaram guardadas naquele momento e talvez sejam esquecidas!

Quando o corpo come, esta ai um momento em que se apaga tudo dentro de mim, e só fica o corpo, o biológico, e o ato de comer!

O corpo também precisa cumprir obrigações diárias e por vezes esquecer que existe algo além dele!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A Puta



- Então, disse ela, quando começaremos a sessão?

Ele, nervoso por estar naquele recinto balbucia algumas palavras tímido dando a entender que ela era quem decidiria. Ele acorda às 5 horas da manha para cumprir mais uma rotina diária, o sol ainda não havia despertado, o galo não havia cantado, a casa estava em total silêncio, apenas o tic tac do relógio na parede. Prepara seu café às pressas, forte e amargo, e desce os três andares do prédio atropelando os degraus com medo de chegar atrasado. Ele, mais um cidadão anônimo do mundo acorda desestimulado, olha para o rosto da mulher que ainda dorme e percebe que a beleza que o fizera apaixonar-se por ela não existe mais em seu rosto. Tudo o que ele vê é um rosto cansado amassado sobre um travesseiro e uma leve baba escorrendo pelo seu rosto e molhando o lençol da cama. Ele, por segundos, sente ojeriza por aquela mulher, e imediatamente vira-se de costas para vestir o terno. Passa o dia tomando goles de café e distraindo-se amassando os copinhos de plástico depois da gota final. Olha ao redor e vê seus companheiros trabalhando e ele fala sozinho, em silêncio. O café é o modo que encontra para que seu tempo gasto ali seja menos árduo. Ele é viciado por cafeína.


Ela o fita constantemente e é possuidora de um olhar extremamente forte e desafiador, o que o apavora. Ele se perde em seus pensamentos e sente o corpo pulsando de desejo e pavor. Seus olhos fitam a calcinha vermelha em formato de coração da jovem, o pensamento percorre o interior de sua casa onde estão mulher e filhos nos seus afazeres cotidianos. Pouco a pouco a angustia que lhe percorre a veia presente nos momentos de trabalho no escritório vão dando lugar a um pulsar erótico que começa em seu membro sexual e toma conta de todo o corpo. Ela, enquanto toca seu corpo magro, espera que ele ceda à tentação.


A esposa dele é uma mulher qualquer, cidadã anônima. Seu rosto imprime os anos secos passados ao lado do marido e o cansaço por uma vida que se repete todos os dias. A outra, a puta, ah, esta é uma delicia de se descrever. Seus poucos anos de vida e pouco tempo de profissão lhe concedem uma vitalidade e um alegria contagiante. Puta desde os dezesseis anos de idade, foge de casa, interior da vida, para se arriscar em uma metrópole grande qualquer do mapa. Seu corpo magro e esbelto, seus lábios carnudos na medida certa, seus cabelos curtos cortados de modo desconectado, seus olhos de Lolita e seu cheiro de material novo, ainda pouco gasto leva qualquer homem ao delírio. Ele, que após se casar nunca havia traído a mulher decide deliciar-se pela primeira vez no sabor extraconjugal.


(Ela) - Você vai ficar ai, me olhando?
(Ele) - Eu gosto de olhar, assim aumenta o meu desejo.
(Ela) - Então eu me deito deliciosamente na cama, meus olhos não se separam dos seus,meu corpo arde por dentro e você é o primeiro que me faz sentir isto.
(Ele, começando a tirar a roupa)- Por quê?
(Ela)- Porque você me olha, os outros não tem tempo a perder
(Ele)- Desculpe se estou fazendo tudo errado (nervoso e com a cabeça baixa), é a minha primeira vez!
(Ela ri deliciosamente)- Ei, meu bebê. Eu te ensino, Venha! Não pare de olhar para mim. Venha! Assim, com este olhar de menino medroso, venha e se deleite.
Ele caminha vagarosamente olhando para ela, se despe no meio do caminho e encontra a cama macia, quente.
(Ele)- PUTA!
(Ela ri deliciosamente)
Ele começa a beijar o corpo nu dela explorando todos os ângulos, formas e cheiros.
O corpo dele esta nu também.
A língua dele sente a pele dela
Os seios dela estão cobertos pelas mãos dele
As pernas dela estão entrelaçadas às dele
Os primeiros sons do sexo se iniciam
Ele está molhado
Ela está molhada
As pernas dela se abrem lentamente
Ele percorre todo o corpo dela com as mãos
Chega a uma zona quente que pulsa
Ela geme
Ele gosta
(Ele) – PUTA!
(Ela ri)
Ele provoca sensações com suas mãos na zona quente dela
Ela geme
Ele ri
Ela ri
Ele geme
Ela abre um pouco mais as suas pernas
A língua dele toca algo quente e se perde ali
Ele entra nela com violência
(Ele) – PUTA!
(Ela geme)
Ele a devora
Não. Na verdade, ela que o devora
Eles suam
Eles gemem
Ele sai
Ele goza
Ele entra e se esquenta
Ela geme mais alto
Ela gooooooooza
Ele fica e fica e fica ali dentro
Ele quer sair
Ela não deixa
Ele não agüenta mais
Ela quer mais
Ele cansa
Ela o conduz
Ela goza novamente
Ele dorme
Ela ri
Ele acorda
Ela dorme
Ele deixa o dinheiro em sua escrivaninha e bate a porta

Ele abre as portas de casa e sorri, se sente um homem revigorado. Ele abraça seus filhos, ele abraça sua mulher. À noite eles transam. Ele goza. Ela não. Ele dorme. Ela lê. No dia seguinte ele acorda cantando, toma um banho, arruma seu café forte e doce e está pronto para mais um dia de trabalho. Ela passa a noite acordada. Liga para o escritório, ele diz que vai chegar mais tarde porque vai preparar-lhe uma surpresa. Ela aproveita que o marido vai chegar tarde em casa e se prepara para sair. Escolhe a sua melhor roupa e se sente pronta. Os meninos estão na escola, não há problema. Ela sai, pega o carro e corre.

Ela chega
Estaciona
Sobe os degraus velhos do local
Ela abre a porta
(Ela)- oi!
(A puta)- Achei que não viria mais!
(Ela)- meu marido esteve aqui?
(A puta)- Ontem!
(Ela)- Ontem transamos
(A puta)- E ai?
(Ela)- Ele gozou
(A puta)- E você?
(Ela)- Eu não!
(A puta)- Venha aqui!
Ela se aproxima vagarosamente
Uma musica suave entre as duas se inicia
Elas se despem
A língua dela percorre o corpo da puta
A puta geme
Ela ri
A puta coloca suas mãos na zona quente dela
Ela geme
A puta ri
Elas riem
Ela está com suas pernas entrelaçadas às pernas da puta
A janela esta aberta e esfria o quarto
Lá fora o movimento dos carros e dos bares
Elas se encaixam
Elas suam
Elas se molham
Elas dormem
Ela acorde
A puta continua dormindo
Ela deixa o dinheiro na escrivaninha ao lado e sai

Ela chega em casa, seu marido havia chegado e estranhara a ausência da esposa. Ela abraça os filhos calorosamente como há muito não havia abraçado. Ele a olha com estranheza. Ela sorri para ele. Ele segura o braço dela e a conduz ao quarto.
Ele lhe mostra um embrulho vermelho em cima da cama
Ela o fita curiosa
Ele lhe diz para ir abrir
Uma roupa intima vermelha
Ela sorri admirada
Ele a olha com desejo
Dentro da calcinha um papel embrulhado
Ela o olha com curiosidade
Ele diz a ela para abrir
Ela lê: FODA-ME!
Eles riem!

Roberta Torres
2 de janeiro de 2009
Feliz Ano Novo!