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Blog do Amilcar

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Não ha título que sirva para tal proposição

Hoje estou me sentindo menos ansiosa que ontem. Ontem a noite me senti incrivelmente ansiosa e mal. Não consegui dormir direito. A mente fuma um certo número de pensamentos que se repetem e se entrelaçam, e eu só quero um pouquinho de paz. Sair de casa, estar na rua, rever amigos e ouvir seus causos me confortam mais. Os livros estão sendo substituídos por prazeres diversos, desde uma boa xícara de café expresso até matar o desejo de poder andar a cavalo em uma estrada de terra qualquer.
Não quero me perguntar nada, só queria poder viver cada dia sem me preocupar com o que virá depois, mas não adianta. O poço da ansiedade emerge com agressividade tomando conta até da raiz dos meus cabelos. Tudo me afeta. Sensível.
Fiquei pensando como sou um sujeito híbrido, sem muita raiz em qualquer lugar, de passagem, em constante transição, caminhando por vários lugares. A minha ideia é poder criar uma rede de amigos em todo o mundo, ter um canto em cada canto.
Este lugar me sufoca sim, e não há quem diga o contrário, pois não não me pertence mais. Só me resta agora respirar e ter um pouco de paciência.
Quero fazer tudo certo, existe o certo? Pelo menos o que me parece certo.
Sou independente e preciso conquistar isto. Quero achar a minha casa, o meu lugar, que ainda não encontrei.
Estou pensando constantemente em ligar para Giancarlo, um senhor bolognese a quem tenho afeto. Apenas para senti-lo dizer: - Roberta, ti voglio tanto bene! Com aquela voz tremida de sua avançada idade.
Sinto falta de paisagens distantes daqui. Sinto incrivelmente falta da minha Pirifarina e de meus passeios comigo mesma pelas ruas de Bologna. Sinto falta dos gelati, do frio, da neve, de poder ficar andando pelas ruas de madrugada sem culpa e em paz. Eu e eu mesma. Sinto falta da loucura de Nova York, do Central Park, e de pessoas que sempre deixo....
Bebo latas de coca cola para fazer digestão dos meus pensamentos. Escrever é o único momento que me deixa realmente feliz!
Um pouco de paciência é preciso!
Tudo passa!

Um comentário:

Lucas disse...

nossa... gostei demais do que vc escreveu...
achei minha cara... tem um ar de verdade universal pra qualquer ser humano mais sensível um pouco...
adorei...